sexta-feira, 25 de julho de 2008

Basquete Cadeira de Rodas

Basquete devolve alegria a cadeirantesPortadores de deficiência fazem parte da equipe londrinense que disputará primeira competição, no final de semana
Marcos ZanuttoVitória dos atletas foi alcançada no momento que eles descobriram o basquete em cadeira de rodasPara esses rapazes, o resgate da auto-estima e a sensação de se sentirem valorizados novamente, são decorrentes de uma única palavra: o basquete. ''Aqui, a deficiência nem é notada. O que prevalece é a competência dos jogadores'', afirma André Luiz Requia, de 26 anos, que compõe o time de basquete em cadeira de rodas da Universidade Estadual de Londrina (UEL). Formado oficialmente em novembro de 2007, a partir do projeto ''O Esporte na Saúde e na Qualidade de Vida das Pessoas com Paraplegia por Lesão Medular'', o time agora, se prepara para disputar a primeira competição oficial, amanhã e domingo, em Ponta Grossa. ''Vamos entrar em quadra com a ansiedade do primeiro jogo e tentar colocar em prática todas as jogadas ensaiadas. Para nós, tudo o que vier, é lucro'', diz Rosangela Marques Busto, coordenadora do projeto. Além do time londrinense, o 1º Torneio Estadual de Basquete em Cadeiras de Rodas contará também com a participação dos times de Ponta Grossa, Umuarama e Guarapuava. ''Nossos adversários já têm uma boa experiência em competições, mas vamos trabalhar bem para conquistarmos a vitória'', afirma Rosangela. Mas para os 15 paratletas do time, a vitória não significa só marcar pontos à frente do adversário. Para eles, ela já foi conquistada desde o dia em que descobriram o basquete em cadeiras de rodas. ''Depois que me acidentei e fiquei paraplégico, me sentia um completo inútil, sem poder fazer nada. Hoje, minha saúde melhorou, meu corpo ficou mais resistente e minha cabeça é outra'', comenta Alexandre Oliveira, de 34 anos. E é com esse mesmo otimismo que hoje motiva os paratletas, que Rosangela atribui a idéia do projeto. ''O basquete foi um instrumento que encontramos para melhorar a qualidade de vida e o quadro clínico deles. Além disso, quando se fala em basquete em cadeiras de rodas, mostra-se muito mais a potencialidade do que a dificuldade e, com isso, temos mostrado o quanto eles são capazes'', ressalta. O time londrinense conta com o apoio da UEL, Associação dos Deficientes Físicos de Londrina, Associação Londrinense de Basquete e da Fundação de Esportes, que entrou com recursos para a compra das cadeiras adaptadas.
Fonte : www.folhadelondrina.com.br

Micaela OrikasaReportagem Local

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