sexta-feira, 19 de outubro de 2007

Franciele teve que driblar a mãe para jogar

Franciele teve que driblar a mãe para jogar

A atleta paranaense, da cidade de Jacarezinho, tinha uma mãe no meio do caminho. E para superar a oposição materna ao basquete, havia também um treinador determinado.

Fruto desta persistência, a pivô Franciele Nascimento, com apenas 19 anos, vem despontando como principal revelação do basquete feminino brasileiro. Mas se não fosse por Roberto Botarelli, isto não passaria de um conto de fadas.
Destaque no Mundial Sub-21 da Rússia em junho, a jogadora saltou de categoria como um foguete para atingir a seleção principal em grande estilo no Pré-Olímpico de Valdívia, no Chile, em setembro. Cinco anos antes desta ascensão meteórica, a menina da cidade de Jacarezinho, no Paraná, entrou para a escolinha de basquete da prefeitura. Botarelli resolveu apostar no futuro da jogadora, mas teve que ser persistente:
- “Foi duro convencer a mãe. Imagino que hoje ela deve ter se arrependido por ter dificultado. Mas eu tinha convicção no talento dela. Até disse para a Fran que se ela quisesse fugir de casa, eu a ajudava”, diz o professor da escolinha de Jacarezinho.
Depois de muita insistência, o treinador finalmente conseguiu o que queria. E levou Franciele para Jundiaí, onde a pivô segue atuando pela equipe local.
- “Meu primeiro técnico foi decisivo. Eu não tinha condições financeiras em Jacarezinho nem para fazer o percurso de casa para o treino. Ele me ajudou muito, viu que eu tinha um futuro, e me trouxe para Jundiaí junto com outras três meninas. Destas, apenas eu continuei. Agradeço muito a ele, que lutou até contra minha mãe, que não era muito a favor do basquete”, explica Franciele.

Com o terceiro lugar no Pré-Olímpico de Valdívia, o Brasil se credenciou para disputar a seletiva mundial para os Jogos de Pequim, com boas chances de classificação. A estréia da pivô pela seleção adulta chamou a atenção pela desenvoltura e maturidade em quadra. A caçula da equipe teve média de 7,8 pontos e 5,4 rebotes por jogo, em apenas 16 minutos em quadra por partida. Em pontos, Franciele só ficou atrás das alas Iziane e Micaela, e a pivô Mamá, todas titulares. Acertou 12 dos 13 lances livres que arremessou, e teve a maior média de rebotes ofensivos da equipe com 2 por jogo.
- “Tenho muito orgulho dela. Ela não vai ser enrolada por ninguém, o que aprendeu aqui não vai esquecer. Para quem sempre acreditou, é uma satisfação muito grande ver ela com sucesso. A Hortência já andou aqui de carro de bombeiro. Na próxima vez que Franciele vier a Jacarezinho, vai fazer o mesmo com a roupa da seleção”.

Fonte: GloboEsporte.com através da www.fprb.com.br

NOTA : realmente é uma excelente atleta mas só temos a lamentar a falta de compromisso dela para com a equipe de Londrina em 2004, onde após ir para a Seleção Brasileira deu o cano em todos e não apareceu para jogar os Jogos da Juventude do Paraná, não sei se influenciada por alguém ou por conta própria, além de ter deixado algumas pendências na cidade.

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