quarta-feira, 16 de abril de 2008

Arbitragem

Duas mulheres apitam juntas no Nacional Masculino
A cada dia as mulheres ganham mais espaço em setores antes dominados pelos homens. O mesmo acontece no esporte, especialmente no basquete brasileiro, com o maior número de árbitras apitando as competições organizadas pela CBB. O investimento na arbitragem feminina vem acompanhar a filosofia da FIBA, que pretende aumentar a participação das mulheres na arbitragem mundial. E os resultados começaram a aparecer. Nos dias 4 e 6 de abril, Andrezza Almeida, do Distrito Federal, e Flávia Renata Almeida, do Paraná, se tornaram as duas primeiras árbitras a atuarem juntas numa partida do Campeonato Nacional Masculino.
Desde 2005, a paranaense Flávia Renata Almeida vem atuando no Nacional Feminino. Na décima edição do campeonato, a árbitra participou de 15 jogos da fase de classificação, dois das quartas-de-final, um da semifinal e o primeiro e quinto confronto da final. Este ano, Flávia entrou para o seleto grupo de árbitras que atuam no Nacional Masculino e já apitou sete jogos da competição. - “Para nós mulheres é muito gratificante. Essa oportunidade que a CBB está dando, é motivo de felicidade e de reconhecimento do nosso trabalho. Tirando a força física e a altura dos jogadores, a tensão e determinação são iguais nas duas competições. Ser mulher no meio de um ambiente predominante masculino aumenta a responsabilidade, pois temos que dar o triplo para mostrar um bom trabalho e conseguir o respeito de todos”, disse Flávia, do Paraná.
Tudo aconteceu muito rápido com Andrezza Almeida. Logo após apitar as finais dos Jogos Escolares em 2006, a árbitra fez a prova para a categoria nacional. No mesmo ano, atuou em três jogos do Nacional Feminino e, este ano, foram nove partidas da fase de classificação e o quarto jogo da final entre Catanduva e Ourinhos. Seguindo os passos de árbitras como Tatiana Steigerwald e Fátima Aparecida da Silva, Andrezza está entrando na competição dos homens e já atuou em três partidas do Nacional Masculino. -
“Em 2008, a CBB começou a investir ainda mais na presença de árbitras no Campeonato Masculino. Essa entrada das mulheres na competição dos homens é muito importante para a arbitragem brasileira feminina. O trabalho vem sendo desenvolvido aos poucos e com o tempo as pessoas vão começar a conhecer o potencial de cada uma. Na verdade, não tem muita diferença em atuar nas partidas femininas ou nas masculinas. Às vezes os homens são até mais educados na hora de contestar uma decisão. Nos respeitam por ser do sexo oposto e não existe discriminação. É que a situação é diferente do que todos estavam acostumados. Era mais comum ver um homem apitando jogos das mulheres do que ao contrário”, comentou Andrezza, do Distrito Federal.
Fonte: Cbb.com.br via www.fprb.com.br
Nota : a Flávia é de Apucarana, formada em Educação Física na UEL e também começou apontando jogos da Região Norte do PR (Liga Metropolitana de Basquete de Londrina)

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