segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Notícias Basquete Jornal de Londrina

O Basquete que dá certo
Marcos César Gouvea
20/12/2009
Enquanto o time profissional de basquete de Londrina, a ADL/FEL/Sercomtel, pena dentro e fora de quadra para se manter entre os melhores do País, as categorias de base da modalidade mostram força na cidade.

No feminino, a Liga Metropolitana de Basquete (LMB), em parceria com dois colégios particulares e apoio do poder público, faz um trabalho grande envolvendo mais de 150 atletas de 8 a 17 anos – e tem alcançado alguns bons resultados. No masculino, um projeto feito a partir da Associação Atlética Banco do Brasil (AABB) movimenta aproximadamente 100 atletas da mesma faixa etária.

Sob o comando do técnico Roosevelt Villanueva, o Gringo, o time sub-14 da AABB/ALE/Flex TV conquistou o título paranaense da categoria em 2009. Villanueva é adepto da necessidade de intercâmbios constantes, principalmente nos campeonatos sul-americanos de clubes, priorizados pela equipe dele.

Na LMB, o técnico Marival Júnior investe nas disputas estaduais e escolares, mas também nos intercâmbios com clubes do interior de São Paulo, “a Meca do basquetebol feminino no Brasil”. A Liga também teve quatro anos de trabalho recompensados na categoria sub-13, com a equipe dirigida pelo técnico Paulo Vasconcelos vencendo Curitiba por 35 a 21 na decisão do Paranaense em novembro passado na cidade de Toledo, em campanha invicta.

A Liga Metropolitana de Basquete trabalha com crianças desde os nove, dez anos de idade, até os 18. São 150 meninas treinando basquetebol em seis pólos. “Fomos vice-campeões escolares em julho, pelo Colégio Nobel, que acabou resultando na quarta colocação nas Olimpíadas Escolares. A equipe sub-17 foi vice-campeã paranaense. A equipe sub-13 foi campeã paranaense”, listou Marival Júnior.

O futuro

Formado em Educação Física, com especialização em Treinamento Esportivo, Paulo Sergio Vasconcelos é o responsável há seis anos pelas categorias menores e pela iniciação das meninas no esporte na Liga Metropolitana. No Iate Clube ele trabalha com as equipes feminina e masculina.

Vasconcelos concorda que Londrina teria tudo para ter uma equipe boa também na categoria adulta. “Tem apoio do público, que comparece, principalmente no basquete. Seria bom para a cidade e incentivaria as meninas mais novas. Seriam espelho para elas.”

De acordo com Marival, há dois anos o trabalho é exclusivo com atletas da cidade. “Faz dois anos que não trazemos ninguém de fora. Isso é coisa complicada porque acaba faltando um pouco de altura. A estatura das atletas é um pouco baixa”. Para 2010 há planos de trazer duas atletas pivôs para dar força ao time.

“A idéia central, no entanto, é continuar a trabalhar muito bem o sub-14 até o sub-17, visando os Jogos Colegiais e os Jogos da Juventude. E continuar nesse trabalho de base que está dando bons frutos”, diz Marival Júnior.

Aos 13, Larissa é capitã e campeã Larissa Ceappina tem apenas 13 anos. Mas já tem responsabilidade: ala armadora do time, medindo 1,70m, foi capitã do sub-13 que conquistou o paranaense deste ano. “Foi meio complicado em Toledo. No dia decisão deu frio na barriga, mas mal começou o jogo e ficamos à vontade e ganhamos. Depois que entramos na quadra jogamos para ganhar.” Como todo atleta nas categorias de base, também sonha com os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Ela vai ter 19 anos em 2016. “Vamos ter que trabalhar duro para chegar lá. O treinamento é bem forte aqui, bastante físico.” Ela concluiu a 8a série no Colégio Estadual Newton Guimarães. “É legal ser capitã. As garotas brincam, mas tem que levar a sério.”


Rafael, 16, vai treinar com o time da ADL em 2010

Os treinos deste final do ano acabam virando uma mistura de meninas e meninos disputando com força cada bola. Rafael Mauricio joga no masculino no Iate. Medindo 1,88m e com 16 anos, está ansioso com uma novidade. Depois de ganhar uma bolsa, vai treinar em 2010 com o time principal do Londrina, que disputa o NBB. “Ganhei bolsa do Colégio Portinari. Estou ansioso para chegar lá e arrebentar”, diz ele, que tem Oscar Schmidt como ídolo. Terminando o 2o ano do Ensino Médio, Rafael diz que pretende cursar engenharia da computação. Mas quer se manter nas quadras. É outro que sonha: “Quem sabe as Olimpíadas em 2016”?

Carmen, a melhor da temporada

Carmen Ortega, 16 anos, concluiu o Ensino Médio e quer estudar Direito. É ala armadora do time sub-17. Escolhida a melhor do basquete feminino neste ano pelos próprios atletas, ela foi homenageada na última quinta-feira. Carmen destacou a atuação do time nas Olimpíadas Escolares Brasileiras, realizadas em novembro passado em Londrina. “Ficamos em quarto lugar e penso que foi um bom resultado. Nosso time está bem unido, está entrosado para o ano que vem.”

De uma geração que viu pouco atletas como Paula e Hortênsia em ação, ela diz que assistiu mais a Janeth e Adrianinha, estrelas do basquetebol brasileiro. “Estamos assistindo mais ao masculino, nos espelhando mais neles porque não tem um grande projeto para o feminino aqui.” Mas ela sonha alto: “Queremos chegar à seleção, em principio a paranaense, e mais tarde a brasileira. Quem sabe não jogamos as Olimpíadas do Rio em 2016”!


Palavra de ordem na AABB: intercâmbios

O professor Roosevelt Villanueva comanda as equipes masculinas nas categorias de 8 a 17 anos na AABB/ALE/Flex TV. Ao todo são aproximadamente 100 atletas. O trabalho começou há três anos e já obtém resultados, como o título de campeão paranaense sub-14 masculino. Dois atletas, Thales e Renato, já foram convocados para a seleção paranaense sub-15. Trabalhando sem apoio oficial, Villanueva se entusiasma com um lema: “O basquete só cresce se houver intercâmbios”. Por isso a prioridade é disputar os campeonatos sul americanos, quando os atletas da AABB/ALE/Flex TV têm a oportunidade de enfrentarem a escola catimbada e forte de argentinos, uruguaios e paraguaios. Além dos intercâmbios com equipes brasileiras como Botafogo e Fluminense do Rio, Pinheiros (SP), Minas Tênis (MG) e outros.

Edital da FEL será publicado até o dia 31

A FEL publica até dia 31 o edital para convênios com as entidades. Estas terão até o final de janeiro para apresentar os projetos. De acordo com Pedro Lanaro, diretor técnico, para os esportes de alto rendimento como o basquete, há uma modificação no edital em relação ao anterior. Além de ampliar a verba de R$ 800 mil para R$ 1 milhão, o edital não fixa valores. Serão 50 cotas de R$ 20 mil e as entidades poderão apresentar projetos para no mínimo cinco cotas, o equivalente a R$ 100 mil e o máximo de 16 cotas, o equivalente a R$ 320 mil. A contrapartida de cada proponente sobe de 60% para 80% do valor conveniado.
Fonte : jornaldelondrina.com.br

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