indignação

e-mail repassado a lmb2003@pop.com.br no dia 15/02/2008

Senhores Dirigentes da Federação Paranaense de Basketball

Como grande entusiasta do basquetebol, gostaria de expor aqui meu descontentamento com a maneira como o desenvolvimento da modalidade vem ocorrendo em nosso Estado. Claro, de certa forma não se pode colocar toda a culpa na Federação Paranaense de Basketball e conseqüentemente em seus representantes, porém tenho certeza que os mesmos, de certa forma, devem concordar com oque vou expor.
Todos sabem da deficiência que possuímos com relação a técnicos formadores de atletas em categorias de base no Estado do Paraná, e que também são poucas as equipes vencedoras nos Jogos Oficiais (Jojup´s e Jocop´s) que conseguem resultados com atletas formados em seu Município, e que as equipes que conquistam tais campeonatos o fazem “importando” atletas de outros Estados.
Claro! Esses atletas de certa forma acrescentam no que diz respeito ao nível técnico das competições e até servem como “espelhos” para os nossos jovens atletas das categorias menores. Porem, acabamos também por dar seqüência ao trabalho de base realizado em SP, SC, MT, MS e por aí a fora.
Entre pós e contras, essa importação de outros Estados divide um grande numero de opiniões e causa muito debates entre todos os envolvidos com a modalidade. Agora... quando nos referimos ao “transito” interno de atletas entre as equipes Federadas à Federação Paranaense de Basketball nas categorias de base, é que deveríamos parar e analisar o grande malefício que estes formadores “incompetentes” estão realizando, cada um em seu Município, Escola, etc.
Ora...Que motivação têm para trabalhar um profissional que procura formar atletas nas categorias de base para disputar os campeonatos com idade até 16 ou 17 anos e sabe que quando revelar um “bom” atleta acabar perdendo-o? Teríamos que criar barreiras pra esse tipo de comportamento destrutivo.
Até onde vai a falta de ética profissional dos envolvidos com esse tipo de procedimento?
Senhores... Nesse ano nos deparamos com uma grande falta de compostura em nosso Estado. E o que a Federação tem a ver com isso? Bem poderíamos dizer que o principal dever dessa Instituição é incentivar a prática da Modalidade em todo o Paraná, sendo assim necessitamos de técnicos competentes e entusiasmados para tal ato. Escrevo isso porque quero entender como pode um membro da comissão técnica da Seleção Paranaense de Basketball do ano de 2007, no ano de 2008 ter em sua equipe várias atletas “de fora” sendo que 100% dessas atletas pertenceram a Seleção Estadual no ano anterior e imediatamente no ano seguinte são “arrebanhadas” para uma única equipe?
Isso, no mínimo, é covardia! Sem contar os outros convites mais que este técnico insistentemente realizou com outros atletas que não aceitaram tais propostas.
Um profissional definitivamente incompetente, que disputa competições com 100% de sua equipe sendo formado por outros!Um verdadeiro sangue-suga do trabalho alheio!
Senhores...Que seja repensada a forma de conduta das Seleções Estaduais, e um pequeno “código de ética”, “conduta moral informal” seja pré-estabelecido para futuras convocações. Sem contar que um dos argumentos desse individuo para tais convites é justamente sua permanência na mesma Seleção imediatamente no ano seguinte. Ora...Que técnico cederá atleta para o Estado nessas condições? Atletas de nossa cidade foram “procuradas” por tal técnico. Me causa espanto o tratamento natural com que é desprendido para com tal ato! Não estamos falando de transferências para grandes equipes, nem de basketball profissional! Estamos falando de Crianças, sendo iludidas e de bons técnicos vendo seu trabalho destruído por um profissional que é, ou descapacitado, ou preguiçoso.
Fica aqui um apelo de quem já deixou o trabalho com o esporte, mas não perde a paixão para com nossa modalidade que se encontra deteriorada em nosso país.
J.M.G. – Toledo/PR
Nota : Não conheço o autor da carta mas não só concordo com ela como colocarei no blog basquetelondrina.blogspot.com pois conversei com o respectivo "técnico" e pelo telefone ele me falou que acha que esta atitude não é falta de respeito. Se isto não é falta de respeito, o que seria respeito para ele. Também me falou que ser técnico de seleção paranaense não importa para ele, assim como não importa se os outros acham isto certo ou errado.
Marival Junior