terça-feira, 7 de agosto de 2012

JAP´s Divisão B Foz do Iguaçu 2012

Basquetebol


07/08/2012

Mulher, mãe, atleta e acima de tudo guerreira
Edna Carneiro Bettes, pivô de 1,83m de altura, atleta de Irati, semifinalista do basquete feminino da fase final dos 55º Jogos Abertos do Paraná, que está acontecendo em Foz do Iguaçu. A descrição, num primeiro momento, poderia parecer normal, mas o diferencial desta atleta é que ela tem 44 anos de idade, é mãe e acima de tudo batalhadora. Ultrapassando as barreiras aceitáveis do esporte, Edna representa o verdadeiro espírito competitivo, alicerçado no amor pelo basquete e o prazer de defender sua cidade. Aliás, ela é a fiel representante de muitos casos que norteiam o esporte amador do Brasil, onde pessoas que já passaram da idade dita como normal para jogar, fazem sacrifícios para buscar em quadra as emoções de tempos bons, que até se pensa que não irão voltar.
Cronômetro zerado, apito final soado. Emoção e muito choro por parte das atletas de Irati, que acabaram de vencer um jogo decisivo, garantindo a equipe na semifinal do torneio de basquete feminino da divisão B. Esta seria uma situação normal, que se repete a cada competição, após um momento brilhante de sucesso. Mas, os ingredientes que envolveram a partida entre Irati e Assis Chateaubriand transcendem os limites daquilo que pode significar o esporte na vida das pessoas. A comemoração foi digna de adolescentes, que acabaram de ganhar seu primeiro campeonato, ou até mesmo de uma equipe de rendimento, que terminou como campeã de um torneio. Mas, ali, de um dos lados da quadra, estavam mulheres já bem resolvidas, mães de família e profissionais devidamente estabelecidas. Dentre sorrisos e lágrimas, percebeu-se aquela atleta que destoava pela altura acima das companheiras. No semblante de Edna Bettes, que não participava dos Jogos Abertos faziam 24 anos, podia se notar uma garota, que acabou de fazer o jogo da sua vida. É verdade, ela foi decisiva na vitória da sua equipe, anotando 12 dos 45 pontos da vitória de Irati sobre Assis Chateaubriand. “Foi como se eu tivesse acabado de ganhar um pirulito”, manifestou Edna, ainda com o pensamento fazendo uma comparação entre o passado e o presente. Afinal, faziam 24 anos que ela não participava de uma edição dos Jogos Abertos.
Para esta atleta, mãe e gerente de uma loja de calçados em Irati, as decisões começaram bem antes de entrar na quadra. “Há duas semanas eu não sabia que viria para cá, pois trabalho faz dez anos nesta loja, e não queria fugir das minhas responsabilidades profissionais”, explicou a pivô. Porém, o seu técnico, Antonio Jacopetti, foi insistente, e dirigiu-se até os proprietários da empresa para pedir a liberação da atleta. Pronto. Para felicidade das companheiras, ela estava apta a jogar. Mal sabia Edna que, exatos 24 anos depois viveria uma felicidade tão grande num jogo de basquete, quanto a que viveu nesta segunda-feira (06/8), quando ela juntamente com suas companheiras, jogaram como meninas, e certamente retornaram aos bons tempos de basquete.
A história de Edna Carneiro Bettes, mulher, mãe e guerreira, certamente se encaixa bem no perfil de muitos amantes do esporte, que movidos pelo prazer de jogar, renovam suas energias, mesmo quando elas aparentemente não existem mais. No momento em que ela poderia estar nas arquibancadas, torcendo para sua equipe, se sujeitou as incertezas do vencer ou perder, para, apesar dos 44 anos de vida, se tornar uma adolescente vencedora.
Pivô de Irati.


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Ben Hur Chiconato
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fonte: http://www.jogosabertos.pr.gov.br/

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